NA PRÁTICA: COMO OS DADOS INFLUENCIAM NA PRODUÇÃO DE UMA EMPRESA?
Você sabe de onde veio o vidro que formou os vitrais das belas Catedrais Góticas? Bom, provavelmente não. Ninguém o sabe com certeza. Mas agora pense nas laranjas do seu suco desta manhã. Definitivamente, o fabricante tem total controle de onde essas frutas vieram. Isso ilustra como os dados são mais bem geridos na atualidade e para mostrar melhor isso daremos um panorama histórico da captação gestão e uso desses dados.
A história da engenharia de produção é a história da produtividade. A produtividade é reflexo do controle. Controle sobre os processos, sobre o estoque, sobre a entrada, a saída e o trabalho. Todos os grandes autores da engenharia de produção fizeram esse controle aumentar, e esse controle é o do conhecimento da empresa sobre si e outras informações.
Avanços com o ASM, Taylor e métodos estatísticos:
No século XVIII surge o American Manufacturing System, que reorganizou as plantas e as cadeias produtivas e ampliou a captação e a gestão dos dados, usando-os para melhorar cada vez mais os processos produtivos.
É nesse espírito de melhoria que o Taylorismo propõe uma abordagem reducionista e “científica”. Ele dividiu tarefas em subtarefas (divisão do Trabalho), permitindo estudos mais minuciosos, como o de tempos e métodos. Assim, possibilitou-se a aquisição de mais dados e dados mais úteis, culminando para a organização fordista e ecoando nas indústrias americanas da época.
No mesmo momento começa a ser aplicada a estatística nas linhas de montagem, reduzindo os custos de inspeção e melhorando o controle.
Avanços com a Pesquisa Operacional e o Toyotismo:
O uso da estatística na produção foi elevado a um grande expoente com a Segunda Grande Guerra, afinal é dela que surge a pesquisa operacional. Esta, então, passa a ser aplicada fora da guerra, em serviços de consultoria em gestão (como os da Produção Jr), trazendo enormes ganhos para a produtividade das indústrias.
No entanto, não é possível falar sobre controle e conhecimento da produção sem falar de Taiichi Ohno, o pai do Toyotismo (clique aqui e saiba mais!). Havia uma necessidade japonesa de aumento da produtividade, pois se ela não ocorresse, a indústria do Japão morreria. Assim, se desencadearam esforços para a reconstrução desse setor pela redução de desperdícios.
Deste ponto, vem o arranjo celular, vem a automação, vem o Just in Time. Este último, por sua vez, só é possibilitado pelo amplo controle da produção e de seus dados, pois configura uma lógica “puxada”, onde a demanda por produtos que dá início à produção do mesmo, reduzindo a necessidade de grandes estoques.
O presente, a revolução dos dados e Produção Júnior:
Uma maior revolução dos dados está por vir, com metodologias de automação iniciadas ao longo das décadas de 70 e 80, bem como o Agile Manufacturing e o Seis Sigma. Aqui, novamente, existe dependência da captação, do uso e da gestão de dados na cadeia produtiva para se desenvolver, para aumentar a produtividade. E há grandes oportunidades em frente:
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Produção Júnior:
Uma delas está relacionada à Produção Jr. Nós oferecemos diversos serviços para melhorar esse controle: O Planejamento e controle da Produção, A cronoanálise, Layout e Gerenciamento de Estoque. Cada um deles atendendo a uma necessidade dessa complicada gestão de dados e servindo ao o aumento da sua produtividade.
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Revolução dos dados:
A Outra está no domínio do “Big Data”, da “internet das coisas”, da indústria 4.0, do 5G, dos novos métodos computacionais, como I.A. e Machine Learning. Essas novas tecnologias nos permitem obter dados em tempo real da cadeia produtiva, por exemplo:
Se um caminhão está levando matéria prima a uma fábrica e está conectado a uma rede de internet, a fábrica poderá obter as informações da:
- Posição do caminhão;
- Sua velocidade;
- A rota que ele está tomando;
- Rotas alternativas para fazê-lo adiantar a entrega;
- O horário em o caminhão chegará;
- A quantidade de combustível que gastou no percurso;
- E os mais particulares detalhes, como até a pressão dos pneus do caminhão.
Nesse contexto, também se comunicam as máquinas da linha de produção, elas próprias podem atrasar ou adiantar a produção a partir das informações desse caminhão e da própria linha, como que mandando “kanban’s” constantemente, a cada fração do processo produtivo.
Ao passo que mais dados são obtidos e são geradas simulações utilizando Inteligência Artificial e Machine Learning, teremos previsões mais rápidas e eficientes, estabelecendo processos melhores, mais baratos e até configuração melhor das plantas (clique aqui e saiba sobre otimização de layout!).
Estarão disponíveis também informações sobre a demanda, sobre as compras, a movimentação monetária, tudo em tempo real, armazenado e processado para garantir a máxima produtividade a partir da máxima captação, do máximo uso, e da máxima gestão dos dados.
Dados esses que, por sua vez, estarão disponíveis desde o início ao fim da cadeia produtiva, desde a extração da matéria prima até a compra do produto final, inundando os sistemas de informação e criando novas formas, métodos de se produzir, de como se produzir e de suprir a produção.
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