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Custeio de Produto: 6 passos para a eficiência

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Custeio de Produto: 6 passos para a eficiência

Em toda empresa, é essencial saber o custo de produção de um produto antes de estipular o seu preço de venda, tomar decisões ou buscar a melhoria contínua da produção. Só assim, a maximização do lucro e a garantia da competitividade no mercado poderão ser atingidas . Todavia, realizar o custeio nem sempre é uma tarefa simples.Para abordar esse tópico com maior clareza, precisamos definir alguns termos que serão utilizados posteriormente nos métodos de custeio:

Curto prazo x Longo prazo

Essa significação será fundamental para as definições que seguem. O curto prazo é delimitado por ao menos uma variável do processo produtivo  que permaneça constante. Como exemplo, pode-se considerar um mês típico em uma fábrica de vigas de aço, no qual, apesar de diversos fatores serem modificados em relação ao mês anterior, a capacidade produtiva das instalações fabris permanece a mesma. No entanto, digamos que, em um período de um ano, a fábrica tenha sido expandida, o que acabou por modificar o fator restante e, assim, delimitar o fim do curto prazo e o início do longo prazo em relação ao referencial inicial.

Custos fixos x Custos variáveis

Agora que já delimitamos a diferença entre curto e longo prazo, vamos determinar os custos fixos e variáveis. A definição a ser utilizada posteriormente será aplicada ao curto prazo, dado que no longo prazo todos os custos são variáveis. Instintivamente, pode-se definir custos variáveis como custos que variam com a quantidade produzida. Usando do mesmo exemplo da fábrica de vigas de aço, alguns dos custos variáveis seriam os minérios usados na produção, bem como o carvão queimado nas fornalhas. Já alguns exemplos de custos fixos nesse cenário seriam o aluguel do terreno onde a fábrica está instalada, bem como os salários pagos aos funcionários.

Custos diretos x indiretos

De acordo com grau de dificuldade de apuração, os custos podem ser classificados em duas categorias: direto e indireto. Os diretos são aqueles mais fáceis de serem medidos, como matérias primas e mão de obra alocada na produção. Já os indiretos, por muitas vezes, demandam critérios de rateio ou direcionadores de custos, como a depreciação das máquinas, energia elétrica, mão de obra de supervisores e gerentes e, por isso, são mais difíceis de serem calculados.

Dadas as definições apropriadas, todos os custos presentes em um processo produtivo podem ser divididos como na matriz-exemplo abaixo:

Custos fixos Custos variáveis
Custos diretos Mão de obra direta, ou seja, que trabalha ativamente no processo produtivo Matéria prima adquirida, que é facilmente contabilizada em função da produção
Custos indiretos Mão de obra indireta, ou seja, que não trabalha ativamente no processo produtivo, tal como a cúpula de gerência Energia elétrica aplicada no processo produtivo, que é difícil de contabilizar em função somente da produção

A engenharia de produção se utiliza de 3 principais métodos de custeio de acordo com o objetivo da empresa em questão. São eles: custeio por absorção (ou integral), custeio variável, e custeio ABC (Activity-Based Costing). Para esse artigo, faremos uso do custeio por absorção, dado que ele é mais facilmente implantado e cria um panorama dos custos totais da empresa pela quantidade produzida.

Custeio por absorção ou integral

Esse método considera todos os custos de produção (diretos, indiretos, fixos ou variáveis) e divide pela quantidade produzida. Dessa forma, permite estabelecer o custo unitário total dos produtos, sem a necessidade de separar os custos da empresa em categorias e, por isso, é o mais simples de ser implementado. Além disso, adotar esse tipo de custeio é vantajoso, pois dentre os principais, é o único aceito pela legislação brasileira em termos contábeis, tanto para calcular impostos quanto para apresentar relatórios.

Feitas as necessárias considerações, passemos agora  aos 6 passos para se realizar o custeio de um produto:

1) Fazer o controle do estoque a partir da entrada de insumos variáveis diretos.

É necessário manter rigorosamente os registros de chegada de insumos como matéria prima (e o custo que isso acarretou) para, dessa forma, evitar que existam gaps no cálculo do custo total do material. É possível manter esse registro atualizado requisitando que todas as entradas sejam imediatamente marcadas e reconhecidas em um sistema unificado.

2) Registrar a quantidade de insumos utilizados por unidade produtiva.

Ao se manter o controle da quantidade de material usado na produção de uma unidade de produção é possível calcular o custo variável direto unitário, dado o custo total dos insumos variáveis. Novamente, é recomendado marcar a quantidade de insumos imediatamente no momento do uso em um sistema unificado.

3) Contabilizar os custos fixos diretos.

Dentre eles podemos citar, sobretudo, o salário dos funcionários que participam ativamente da produção e o custo com maquinário. Essa etapa é facilitada pela criação uma folha de pagamentos e planilha de custos organizadas.

4) Calcular os coeficientes de hora/homem e hora/máquina.

Estes seriam, respectivamente, a média dos custos dos funcionários diretos e das máquinas por hora ativa. Pode-se formalizar esse cálculo multiplicando o total de pessoas diretamente envolvidas na produção pelo número de horas trabalhadas por jornada de trabalho e, finalmente, pelo número de jornadas de trabalho no período de tempo em questão.

5) Apurar os custos indiretos.

Essa etapa deve levar em conta todos os custos não citados previamente ao fim de um determinado período de tempo (geralmente 1 mês), o que inclui salários dos funcionários não diretamente ligados ao processo produtivo, gastos com energia elétrica, dentre outros. Deve-se tomar o total desses custos dividindo-os pela quantidade de produtos produzida naquele período.

6) Custo integral.

Fazer a soma de todas as etapas anteriores para obter o custo total por produto. Vale reforçar que todas as análises devem ser feitas para um mesmo período de tempo para que o resultado seja condizente.

Muitas empresas têm dificuldades em custear seus produtos com precisão. Isso acaba por fazê-las perder dinheiro e até sair do mercado. Sempre busque maneiras confiáveis de custear seu produto.

Restou alguma dúvida? Gostaria de implantar o processo de custeio na sua empresa? Entre em contato conosco para podermos agendar uma visita diagnóstica gratuita na sua empresa.

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